De novos, eles não tem nada
27 de junho de 2019Produtos que de novos não têm nada. Nossos avós já estão carecas de saber!
Fraldas e absorventes de pano, filtro de barro, esponja feita de bucha vegetal, sabão de coco pra lavar a louça. Esses são só alguns exemplos de produtos que nossos avós usavam e, agora, muita gente está resgatando seu uso em nome da sustentabilidade. As versões descartáveis seduziram os consumidores nas últimas décadas pela ilusória praticidade, mas os problemas causados pela geração excessiva de lixo se tornam insustentáveis.
Esponjas convencionais, por exemplo, raramente são recicladas por meio da coleta seletiva, pois não há tecnologia apropriada para isso. Vão parar no aterro sanitário – na melhor das hipóteses. Hastes flexíveis de plástico vão parar no fundo do mar, matando espécies de animais marinhos. Embalagens de vidro, que aparentemente são melhores que as de plástico, se acumulam nos lixos, mesmo nos recicláveis, mas nem sempre são reciclados por dificuldades no processo. Ou seja, um problema gigantesco que criamos e que precisamos repensar. Voltar a utilizar produtos e métodos do passado, portanto, não se trata de retrocesso, mas de uma revisão urgente de atitudes e comportamentos. Não vale tudo em nome da tal comodidade. Afinal, não existe lado de fora pra jogar, tudo voltará de alguma forma para nós mesmos.